O Índice Geral de Preços – Mercado, ou IGP-M, é o índice de inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). Porém muitos tem dúvidas em relação ao IGP-M: O que é?
Portanto, o artigo de hoje vai explicar de forma simples os seguintes tópicos:
- IGP-M o que é?
- Qual a diferença entre IGP-M, IGP-DI e IGP-10?
- Como é o cálculo do Índice Geral de Preços – Mercado?
- Como utiliza o IGP-M?
- Qual é a taxa IGP-M de hoje?
IGP-M o que é?
A divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado é feito mensalmente pela FGV IBRE, sendo o mais abrangente índice de mercado.
Sendo assim, o IGP-M concebido no final dos anos 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo.
Dessa forma, o Índice Geral de Preços – Mercado é o indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.
A seguir, veremos a diferença entre IGP-M, IGP-DI e IGP-10.
Qual a diferença entre IGP-M, IGP-DI e IGP-10?
Certamente, você talvez tenha visto algumas outras siglas parecidas com o Índice Geral de Preços – Mercado. Entretanto, a principal diferença entre eles é a coleta.
Desse modo, veremos abaixo em maiores detalhes sobre cada índice:
- O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M): O IBRE faz análise dos preços do período entre o dia 21 do mês passado e o dia 20 do mês atual. Sendo assim, o Índice Geral de Preços – Mercado de março é definido pelos valores coletados entre o dia 21 de fevereiro e 20 de março.
- O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI): A coleta das informações são feitas entre o primeiro dia e o último dia do mês. Em outras palavras, o IGP-DI de março é medido do dia 1 ao 31 daquele mês.
- O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10): Nesse caso, as coletas acontecem entre os dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês atual. Ou seja, o IGP-10 de março está vinculado aos dados analisados entre os dias 11 de fevereiro e 10 de março.
Após entender as diferenças entre eles, veremos como IBRE faz o cálculo do IGP-M.
Como é o cálculo do Índice Geral de Preços – Mercado?
Antes de tudo, você já sabe que a entidade responsável pelo cálculo do IGP-M é o IBRE, que integra a Fundação Getúlio Vargas.
Sendo assim, o IGP-M, assim como IGP-DI e IGP-10, tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil.
Dessa forma, o resultado do Índice Geral de Preços é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).
Contudo, cada Índice tem um peso e um objetivo específico. Assim, veremos abaixo como é composto o IGP-M:
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – Corresponde a 60% do Índice Geral de Preços. Tem como objetivo monitorar os movimentos do comércio atacadista e também serve para entender as variações que acontecem no varejo.
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – Corresponde a 30% do IGP-M. Tem como objetivo medir e acompanhar o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final, tais como: transporte, saúde, habitação, vestuário e etc. Igualmente ao IPCA (Índice oficial da inflação no Brasil).
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – Corresponde a 10% do IGP-M. Serve para levar em conta a variação de preços de materiais de construção civil e o custo de mão de obra especializada do segmento.
Em seguida, veremos como o Índice Geral de Preços – Mercado é utilizado.
Como utiliza o IGP-M?
Certamente, após entender o que é e como funciona, você ficou curioso de que forma utiliza-se o Índice Geral de Preços.
Desse modo, as empresas de telefonia e energia elétrica utilizam o IGP-M para realizar os ajustes tarifários.
Além disso, os valores reajustados em planos de saúde, mensalidades de escolas e universidades, seguros e aluguéis de imóveis são feitos através do Índice Geral de Preços – Mercado.
Dessa forma, acaba impactando diretamente nas suas finanças, pois está relacionado aos seus gastos diários.
Qual é a taxa IGP-M de hoje?
Antes de tudo, a taxa do Índice Geral de Preços – Mercado em 2020 foi a maior taxa anual dos últimos 15 anos, encerrando o ano em 23,14%. Sendo praticamente o dobro da segunda maior registrada nesse período – 12,42% em 2004.
Em outras palavras, aquele contrato do aluguel estaria 23,14% mais caro em 2021.
Desse modo, muitos Fundos Imobiliários de CRI (Certificado de Recebível Imobiliário), ou papel, atrelados ao IGP-M passaram aos cotistas os maiores rendimentos do mercado.
Tais como o FII Hectare (HCTR11), FII Habitat (HABT11) e o FII Iridium (IRDM11).
Quer conhecer o HABT11? Acesse o artigo do Bem na Fiita: HABT11 – HABITAT II FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
Agora em janeiro de 2021 a taxa mensal subiu 2,58%. Dessa forma, passando o acumulado dos últimos 12 meses para 25,71%.
Semelhantemente em fevereiro de 2021 a taxa mensal subiu 2,53%. Sendo assim, passando o acumulado dos últimos 12 meses para 28,94%.
Sendo assim, o acumulado da taxa IGP-M em 2021 é de 5,17%.
O FGV irá divulgar as próximas taxas nos dias 30/03 e 29/04. Fique atento!
Muito obrigado pela atenção e até a próxima.
Um forte abraço,
Jefferson Dias (Ativo na Bolsa).