A reserva de emergência é uma reserva financeira que tem como finalidade socorrer em meio às crises ou aos imprevistos da vida. Por exemplo, agora com a pandemia do coronavírus, foi um teste para todos nós, quem não tinha dinheiro guardado acabou sofrendo bastante. Mas não só uma pandemia faz com que seja necessário poupar uma parte do salário, afinal, imprevisto acontecem: empregos são perdidos, reformas emergenciais da casa, conserto do carro ou um problema de saúde.
De acordo com um levantamento publicado em 2017 pelo Banco Mundial, 44% dos brasileiros consideram impossível levantar cerca de R$ 2.500 numa necessidade extrema e dos que acham possível, apenas 16% dizem que podem recorrer às próprias economias; mais da metade disse que pediria ajuda a parentes ou amigos. Contudo, fazendo com os brasileiros ficassem entre os mais vulneráveis do mundo, na frente apenas de sete países.
Portanto, no artigo de hoje, vamos explicar de maneira simples e prática como fazer a reserva de emergência.
Negociação das dívidas – É primordial para fazer a reserva de emergência
Antes de tudo, é primordial que os levantamentos das dívidas sejam feitos. Pois os juros são altíssimos, não adiantará fazer um esforço para guardar dinheiro e os juros consumindo todo o seu dinheiro.
Então, veja em quais operadoras de crédito ou loja está devendo. Ligue o quanto antes, faça acordos e elimine de vez essas dívidas.
Semelhantemente, aproveite os feirões para limpar o nome e parar de pagar juros. Após a eliminação das dívidas, vamos para a parte dos levantamento dos gastos.
Portanto, quer saber como sair das dívidas? Clique aqui!
Tem um artigo que detalha mais sobre essa questão das dívidas do Lucando na Bolsa, que vale a pena a leitura. Clique aqui para ter acesso.
Levantamento dos gastos fixos
Os gastos fixos são os seus gastos mensais que são essenciais para a sua sobrevivência e da sua família. Tais como: despesas com o aluguel, contas de água, luz, telefone, internet e etc.
Fazer o levantamento desses custos, colocando em uma planilha ou caderno e realizar a soma total mensal desses itens. Conforme, exemplo em tabela abaixo:
Custo | Valor |
Aluguel | R$ 500,00 |
Água | R$ 150,00 |
Luz | R$ 250,00 |
Telefone | R$ 100,00 |
Total | R$ 1.000,00 |
Após o levantamento do custo mensal, multiplicar por um fator que vai de 3 a 12, que equivale aos meses dos seus gastos mensais. É ideal ter de ter uma reserva que lhe garanta de 3 a 12 meses dos seus gastos. Com o intuito de lhe permitir alguns meses sem preocupações.
No entanto, caso seja um profissional autônomo é recomendado ficar entre 6 a 12 meses, já um funcionário público pode ficar de 3 a 6 meses. Lógico, monte uma reserva que lhe traga paz.
Sob o mesmo ponto de vista, a reserva de emergência ideal seria de R$ 12.000,00 (R$ 1.000 x 12).
Sendo assim, após a definição do valor da reserva, vamos saber onde deixá-la.
Onde guardar a reserva de emergência?
Contudo, você não terá este montante da noite pro dia, levará um tempo para chegar no valor desejado. Com isso, terá de escolher um para depositar mensalmente, até chegar na sua meta.
Esse dinheiro tem que estar em lugar seguro, que tenha liquidez e seja rápido para fazer o resgate. A fim de que o seu dinheiro não seja desvalorizado pela inflação e que esteja em seu bolso o mais breve possível.
- Seguro: que não tenha risco de mercado;
- Liquidez: que não seja desvalorizado pela inflação.
Você sabe o que é inflação e quais são os seus impactos? Então, tem um artigo no blog que pode lhe ajudar. Basta clicar neste link.
Conforme as especificações citadas anteriormente, vejamos algumas opções abaixo.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma excelente alternativa de investimento pois oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia – Selic), diferentes prazos de vencimento e também diferentes fluxos de remuneração.
Os investimentos em títulos públicos, por meio do Programa Tesouro Direto, são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, são os investimentos mais seguros do país.
Com o Tesouro Direto, você escolhe os títulos que vai investir de acordo com os seus objetivos e necessidades e pode resgatá-los, a preços de mercado, a qualquer momento. São diferentes tipos de rentabilidade, prazos de vencimento e fluxos de remuneração.
Contudo, o resgate do Tesouro é D+1 (indica que a aplicação pode ser resgatada em um dia útil após a solicitação). É importante frisar que apenas os dias úteis são contabilizados na sigla. Ou seja, um pedido de resgate feito na sexta-feira e que ocorre em D+1 será concluído apenas na segunda-feira.
Fundos DI com liquidez diária
Os fundos DI são fundos que devem investir 95% do seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados à SELIC.
Lembrando que SELIC é a taxa que o governo paga a quem empresta dinheiro a ele, é a taxa básica da economia e funciona como referência para todos os tipos de juros.
Quer saber mais sobre a SELIC? Então, tem um artigo no blog que pode lhe ajudar. Basta clicar neste link.
Todavia, a forma de ter acesso a um Fundo é através de uma corretora.
Sobretudo, ficar atento em relação a taxa de gestão, tem algumas corretoras que cobram a taxa. Entretanto, algumas das corretoras não fazem a cobrança da taxa: Órama, BTG Pactual, PI Investimentos e a Rico.
CDB com liquidez diária
O CDB é o Certificado de Depósito Bancário. Ele é um investimento de renda fixa emitido pelos bancos. Em resumo, o CDB funciona como um empréstimo do seu dinheiro para uma instituição bancária.
No fator segurança fica atrás em relação ao Tesouro Direto, pois está atrelado a um banco. Quanto mais sólida (saudável e confiável) for a instituição, maior tende a ser a segurança. Vale saber que o CDB conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.
Porém o resgate leva vantagem em relação ao resgate, podendo ser feito no mesmo dia.
E por que não a poupança? A poupança é um bom local para o resgate, podendo ser feito de imediato, porém não tem uma boa liquidez. Lembre-se dos pilares: Segurança, Liquidez e Resgate rápido.
E quando usar a Reserva de Emergência?
Você já sabe que é para uso emergencial, só uso em situações urgentes ou inesperadas. Por exemplo, em casos de desemprego ou por motivos de doenças.
Ela não deve ser usada para férias, lazer ou para gastos desnecessários. Preserve a sua reserva.
Se por acaso, usar uma parte ou toda a reserva. Vá fazendo a reposição, até chegar no valor que ela estava. Em resumo, a sua saúde financeira e física depende dela.
Conclusão
Em conclusão, é importante ter dinheiro reservado para situações inesperadas ou indesejadas, você tendo um boa quantia guardada tirará o peso da sua consciência e evitará aperreios. Por isso, se ainda não tem uma reserva, comece a partir de agora montar a sua.
Por fim, você pode mesclar duas opções citadas anteriormente. Colocando um percentual maior em Tesouro Direto ou Fundo DI e a outra parte em um CDB com liquidez diária, pois caso precise durante um final de semana ou feriado, já teria uma quantia à sua disposição.
Muito obrigado pela atenção e até a próxima.
Um forte abraço,
Jefferson Dias (Ativo na Bolsa).